a escrita ainda é o que sobra.
nas sobras dela o destino cisca suas migalhas.
em cada migalha há um prenúncio.
o prenúncio é a porta-palavra de onde se parte.
o rio, no entanto, não deságua em nenhum mar.
há um fluir e um marulhar e uma cristalização
de seres que deslizam sob seu mistério.
todo mistério é uma derrocada antecipada:
é necessário despir-se de deuses e metafísicas
pois todo o oculto dorme sob o sangue.
de resto, nada mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário