Deixo passar a imagem
de uma certa dor: dentro,
confrontam-se em mim
as aquarelas possíveis.
Aprendo que o mundo é sempre
outra coisa. Desfaço
com as cores permanentes
o laço.
E durmo, carente de mudanças.
E sonho, no repouso,
o que ainda não sei ser,
escutando no silêncio,
vislumbrando no etéreo
o movimento do mundo.