Abri a janela sem saber onde estava:
olhei o mundo como (talvez?)
um recém-nascido.
Tinha consciência da minha inconsciência.
Demorei-me naquele momento
poupando os olhos,
rastreando, palmo a palmo,
os objetos.
Cada sensação me protegia
sob a casca da manhã.
E então, entendi,
e o entendimento
tudo escureceu -
como quem desaba de um precipício
como quem descobre
sob a pele
um velho personagem.
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário