a escrita ainda é o que sobra.
nas sobras dela o destino cisca suas migalhas.
em cada migalha há um prenúncio.
o prenúncio é a porta-palavra de onde se parte.
o rio, no entanto, não deságua em nenhum mar.
há um fluir e um marulhar e uma cristalização
de seres que deslizam sob seu mistério.
todo mistério é uma derrocada antecipada:
é necessário despir-se de deuses e metafísicas
pois todo o oculto dorme sob o sangue.
de resto, nada mais.
16.9.16
sim senhora adornadora de sentidos
sim senhora domesticadora de trens
alucinatórios
o mundo cedeu os demônios mentiram
as rezas quebrantos maledicências
nos conduzem
sim vamos combalir senhora
pela voracidade dos vermes que ora
regurgitam
sua baba
- ainda não é hora -
sim os vermes a resiliência
o vírus adormecido no tempo
a catacumba no fundo dos olhos
um céu já desprovido do branco
um sangue já desprovido do vermelho
uma morte já desprovida do luto
senhora.
sim senhora domesticadora de trens
alucinatórios
o mundo cedeu os demônios mentiram
as rezas quebrantos maledicências
nos conduzem
sim vamos combalir senhora
pela voracidade dos vermes que ora
regurgitam
sua baba
- ainda não é hora -
sim os vermes a resiliência
o vírus adormecido no tempo
a catacumba no fundo dos olhos
um céu já desprovido do branco
um sangue já desprovido do vermelho
uma morte já desprovida do luto
senhora.
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