Voltei para os ermos e para
a poesia:
pássaros cintilantes
a hera de fogo
a terra fumegante
por ora
me esquecem.
apenas um sussurro em que se adivinhe
a palavra.
apenas um sopro onde o vento
sequer é lembrado,
o repouso em que se entranha
o recém-nascido.
nada dele cresce
que não se emende em um balouçar
de folhas
(uma oração
cresce na noite
reivindicando
as causas perdidas).
A borboleta do momento atravessa o espaço
vaga, frágil
mas real.